O canto do canário
Um canário na gaiola
Era sempre escutado.
O seu canto, muito lindo,
Era bem admirado.
Todos os dias logo cedo
E até o fim do dia,
Quem passava lá na rua,
Já ouvia a sinfonia.
Certa vez apareceu
Na gaiola do alpendre
Outra espécie de canário
Duas jaulas frente a frente.
Sem mais nada para fazer,
Conversaram de imediato.
Ao canário mais antigo
Perguntou o mais novato:
"Meu amigo de exílio,
A mais tempo estás aqui.
E por que demoras tanto
Para gritar "quero ser livre?"".
"Meu amigo canarinho",
Respondeu o veterano,
"Isto eu grito todos dia,
Mas só sei gritar cantando!"
Um canário na gaiola
Era sempre escutado.
O seu canto, muito lindo,
Era bem admirado.
Todos os dias logo cedo
E até o fim do dia,
Quem passava lá na rua,
Já ouvia a sinfonia.
Certa vez apareceu
Na gaiola do alpendre
Outra espécie de canário
Duas jaulas frente a frente.
Sem mais nada para fazer,
Conversaram de imediato.
Ao canário mais antigo
Perguntou o mais novato:
"Meu amigo de exílio,
A mais tempo estás aqui.
E por que demoras tanto
Para gritar "quero ser livre?"".
"Meu amigo canarinho",
Respondeu o veterano,
"Isto eu grito todos dia,
Mas só sei gritar cantando!"
Sylvio Luiz Panza